Livro Relações Sociais e Serviço Social no Brasil Iamamoto
O livro “Relações Sociais e Serviço Social no Brasil” de Marilda Iamamoto é uma obra fundamental para compreender o desenvolvimento do serviço social no Brasil. Publicado em 1982, o livro analisa o surgimento e a consolidação da profissão, bem como suas relações com o Estado e a sociedade.
O surgimento do serviço social no Brasil
O serviço social surgiu no Brasil na década de 1930, em um contexto de profundas transformações sociais e econômicas. O paÃs estava passando por um processo de industrialização acelerada, que levou ao crescimento das cidades e ao aumento da desigualdade social. Nesse contexto, o serviço social surgiu como uma forma de atender à s necessidades das camadas mais pobres da população.
A consolidação da profissão
A profissão de serviço social se consolidou no Brasil na década de 1960, com a criação dos primeiros cursos de graduação em serviço social. A partir daÃ, a profissão passou a ser regulamentada e a ganhar espaço no mercado de trabalho.
As relações do serviço social com o Estado e a sociedade
O serviço social sempre manteve relações estreitas com o Estado e a sociedade. O Estado é o principal empregador dos assistentes sociais, e as polÃticas públicas de assistência social são formuladas e implementadas por meio do serviço social. A sociedade, por sua vez, é a destinatária dos serviços sociais, e as demandas da sociedade influenciam diretamente o trabalho dos assistentes sociais.
Os desafios do serviço social no Brasil
O serviço social no Brasil enfrenta uma série de desafios, entre eles: a falta de recursos humanos, a precariedade das condições de trabalho, a desvalorização da profissão e a falta de reconhecimento do papel do assistente social na sociedade.
Apesar dos desafios, o serviço social continua a ser uma profissão essencial para a sociedade brasileira. Os assistentes sociais desempenham um papel fundamental na promoção da justiça social e na garantia dos direitos humanos. O livro “Relações Sociais e Serviço Social no Brasil” de Marilda Iamamoto é uma obra fundamental para compreender o desenvolvimento do serviço social no Brasil e os desafios que a profissão enfrenta.
Livro Relações Sociais E Serviço Social No Brasil Iamamoto
Pontos importantes:
- Surgimento do serviço social no Brasil
- Consolidação da profissão
- Relações com o Estado e a sociedade
- Desafios do serviço social no Brasil
O livro “Relações Sociais e Serviço Social no Brasil” de Marilda Iamamoto é uma obra fundamental para compreender o desenvolvimento do serviço social no Brasil e os desafios que a profissão enfrenta.
Surgimento do serviço social no Brasil
O serviço social surgiu no Brasil na década de 1930, em um contexto de profundas transformações sociais e econômicas. O paÃs estava passando por um processo de industrialização acelerada, que levou ao crescimento das cidades e ao aumento da desigualdade social. Nesse contexto, o serviço social surgiu como uma forma de atender à s necessidades das camadas mais pobres da população.
As primeiras escolas de serviço social foram criadas na década de 1930, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Essas escolas eram mantidas por instituições privadas, como a Igreja Católica e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Os primeiros cursos de serviço social tinham duração de dois anos e formavam profissionais para atuar em áreas como saúde, educação e assistência social.
Na década de 1940, o serviço social começou a se institucionalizar no Brasil. Em 1942, foi criado o Serviço Social da Indústria (SESI), que tinha como objetivo prestar assistência social aos trabalhadores da indústria. Em 1945, foi criado o Serviço Social do Comércio (SESC), com objetivos semelhantes. Essas instituições desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento do serviço social no Brasil.
Na década de 1950, o serviço social começou a se expandir para outras áreas, como a assistência rural e a assistência social urbana. Em 1957, foi criado o Serviço Social Rural (SSR), que tinha como objetivo prestar assistência social aos trabalhadores rurais. Em 1960, foi criado o Serviço Social de Menores (SSM), que tinha como objetivo prestar assistência social às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
A década de 1960 foi marcada por um grande crescimento do serviço social no Brasil. Em 1962, foi criada a Associação Brasileira de Escolas de Serviço Social (ABESS), que reúne as escolas de serviço social do paÃs. Em 1964, foi criado o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), que é o órgão responsável pela regulamentação da profissão de serviço social no Brasil.
O serviço social continuou a se expandir nas décadas seguintes. Atualmente, existem mais de 200 mil assistentes sociais no Brasil, que atuam em diversas áreas, como saúde, educação, assistência social, justiça e direitos humanos.
Consolidação da profissão
A profissão de serviço social se consolidou no Brasil na década de 1960, com a criação dos primeiros cursos de graduação em serviço social. A partir daÃ, a profissão passou a ser regulamentada e a ganhar espaço no mercado de trabalho.
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Criação dos primeiros cursos de graduação em serviço social
Em 1962, foram criados os primeiros cursos de graduação em serviço social no Brasil, na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Esses cursos tinham duração de quatro anos e formavam profissionais com sólida formação teórica e prática.
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Regulamentação da profissão
Em 1964, foi criado o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), que é o órgão responsável pela regulamentação da profissão de serviço social no Brasil. O CFESS define as diretrizes para a formação dos assistentes sociais, fiscaliza o exercÃcio da profissão e zela pela ética profissional.
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Ampliação do mercado de trabalho
A partir da década de 1960, o mercado de trabalho para assistentes sociais começou a se expandir. Os assistentes sociais passaram a ser contratados por órgãos públicos e empresas privadas, em diversas áreas, como saúde, educação, assistência social, justiça e direitos humanos.
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Reconhecimento da profissão
O serviço social passou a ser reconhecido como uma profissão essencial para a sociedade brasileira. Os assistentes sociais passaram a ser vistos como profissionais qualificados e competentes, capazes de contribuir para a promoção da justiça social e da garantia dos direitos humanos.
A consolidação da profissão de serviço social no Brasil foi um processo longo e árduo, mas que valeu a pena. Hoje, o serviço social é uma profissão respeitada e valorizada, que desempenha um papel fundamental na sociedade brasileira.
Relações com o Estado e a sociedade
O serviço social sempre manteve relações estreitas com o Estado e a sociedade. O Estado é o principal empregador dos assistentes sociais, e as polÃticas públicas de assistência social são formuladas e implementadas por meio do serviço social. A sociedade, por sua vez, é a destinatária dos serviços sociais, e as demandas da sociedade influenciam diretamente o trabalho dos assistentes sociais.
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O Estado como empregador dos assistentes sociais
O Estado é o principal empregador dos assistentes sociais no Brasil. Os assistentes sociais trabalham em órgãos públicos de todas as esferas, como ministérios, secretarias de estado e municÃpios, autarquias e fundações públicas. Os assistentes sociais também trabalham em empresas públicas, como o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Caixa Econômica Federal.
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O Estado como formulador e implementador das polÃticas públicas de assistência social
O Estado é responsável pela formulação e implementação das polÃticas públicas de assistência social. Essas polÃticas têm como objetivo garantir a proteção social dos cidadãos e famÃlias em situação de vulnerabilidade. Os assistentes sociais são os profissionais responsáveis por executar essas polÃticas, por meio de programas e serviços sociais.
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A sociedade como destinatária dos serviços sociais
A sociedade é a destinatária dos serviços sociais. Os serviços sociais são prestados a pessoas e famÃlias em situação de vulnerabilidade, como pessoas pobres, desempregadas, doentes, idosas, crianças e adolescentes em situação de risco, entre outras. Os serviços sociais podem ser prestados por órgãos públicos, empresas privadas ou organizações da sociedade civil.
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As demandas da sociedade como influência no trabalho dos assistentes sociais
As demandas da sociedade influenciam diretamente o trabalho dos assistentes sociais. Os assistentes sociais precisam estar atentos à s necessidades da sociedade e à s demandas por serviços sociais. Essas demandas podem ser identificadas por meio de pesquisas, estudos e diagnósticos sociais. Os assistentes sociais também podem identificar as demandas da sociedade por meio do contato direto com as pessoas e famÃlias que atendem.
As relações entre o serviço social, o Estado e a sociedade são complexas e dinâmicas. Essas relações são marcadas por tensões e conflitos, mas também por cooperação e colaboração. O serviço social tem um papel fundamental na promoção da justiça social e da garantia dos direitos humanos, e essas relações são essenciais para o cumprimento dessa missão.
Desafios do serviço social no Brasil
O serviço social no Brasil enfrenta uma série de desafios, entre eles: a falta de recursos humanos, a precariedade das condições de trabalho, a desvalorização da profissão e a falta de reconhecimento do papel do assistente social na sociedade.
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Falta de recursos humanos
O Brasil enfrenta uma carência de assistentes sociais. O número de profissionais é insuficiente para atender à s demandas da população por serviços sociais. Essa carência é mais grave nas regiões Norte e Nordeste do paÃs, onde há um déficit de profissionais.
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Precariedade das condições de trabalho
As condições de trabalho dos assistentes sociais no Brasil são precárias. Muitos profissionais trabalham em condições insalubres e inseguras, com baixos salários e sem direitos trabalhistas garantidos. Essa precariedade afeta a qualidade dos serviços sociais prestados à população.
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Desvalorização da profissão
A profissão de serviço social é desvalorizada no Brasil. Os assistentes sociais são vistos como profissionais de segunda classe, com baixos salários e pouco reconhecimento social. Essa desvalorização afeta a autoestima dos profissionais e dificulta a atração de novos talentos para a profissão.
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Falta de reconhecimento do papel do assistente social na sociedade
O papel do assistente social na sociedade ainda não é reconhecido adequadamente. Muitos setores da sociedade não entendem a importância do trabalho dos assistentes sociais e não valorizam a contribuição desses profissionais para a promoção da justiça social e da garantia dos direitos humanos.
Esses são alguns dos desafios que o serviço social no Brasil enfrenta. Para superá-los, é necessário que o Estado invista na formação de novos profissionais, melhore as condições de trabalho dos assistentes sociais e promova a valorização da profissão. Também é necessário que a sociedade reconheça a importância do trabalho dos assistentes sociais e apoie a atuação desses profissionais.