Resenha Do Livro História Social Da Infância E Da FamÃlia
O livro ‘História Social da Infância e da FamÃlia’ é uma obra de referência na área de ciências sociais que explora a evolução da infância e da famÃlia ao longo da história. Escrito pelo historiador francês Philippe Ariès, o livro analisa como a concepção da infância e da estrutura familiar mudou ao longo dos séculos, desde a Antiguidade até a sociedade contemporânea.
Mudanças na concepção da infância
Um dos principais pontos abordados por Ariès é a mudança na concepção da infância. Na Idade Média, as crianças eram vistas como pequenos adultos e não recebiam cuidados especiais. Elas eram consideradas parte da força de trabalho e muitas vezes eram obrigadas a trabalhar desde cedo. A partir do século XVII, no entanto, a infância começou a ser vista como uma fase distinta da vida, com necessidades e direitos especÃficos.
A famÃlia nuclear
Outra questão analisada por Ariès é a evolução da famÃlia nuclear. Na sociedade tradicional, a famÃlia era composta por um grande número de membros, incluindo pais, filhos, avós, tios e primos. A partir do século XVIII, no entanto, a famÃlia nuclear, composta por pais e filhos, tornou-se o modelo predominante. Essa mudança foi influenciada por fatores como a urbanização, a industrialização e o declÃnio da agricultura.
Papel da mulher na famÃlia
O livro também discute o papel da mulher na famÃlia. Na sociedade tradicional, a mulher era responsável pelos cuidados domésticos e pela criação dos filhos. A partir do século XIX, no entanto, as mulheres começaram a ganhar mais espaço na sociedade e a desempenhar papéis mais ativos na famÃlia. Essa mudança foi influenciada pelo movimento feminista e pelo aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho.
Influência da sociedade contemporânea
Por fim, Ariès analisa como a sociedade contemporânea está influenciando a infância e a famÃlia. Ele argumenta que a modernidade trouxe uma série de mudanças, como o aumento do individualismo, o declÃnio da religião e o aumento da mobilidade social. Essas mudanças estão afetando a forma como as crianças são criadas e a estrutura da famÃlia.
Problemas e soluções
Apesar de ser uma obra fundamental na área de ciências sociais, o livro de Ariès também tem sido criticado por alguns estudiosos. Uma das crÃticas é que ele se concentra demasiado na Europa e não leva em conta a história da infância e da famÃlia em outras partes do mundo. Outra crÃtica é que ele idealiza a sociedade tradicional e não leva em conta as desigualdades e injustiças que existiam nessa época.
Apesar dessas crÃticas, o livro de Ariès continua sendo uma leitura essencial para quem se interessa pela história da infância e da famÃlia. Ele oferece uma visão profunda das mudanças que ocorreram ao longo dos séculos e ajuda a entender melhor a sociedade contemporânea.
Citações
“A infância é uma invenção da sociedade moderna.” – Philippe Ariès
“A famÃlia é a célula básica da sociedade.” – Émile Durkheim
Conclusão
O livro ‘História Social da Infância e da FamÃlia’ é uma obra de referência que analisa a evolução da infância e da famÃlia ao longo da história. Escrito pelo historiador francês Philippe Ariès, o livro explora como a concepção da infância e da estrutura familiar mudou ao longo dos séculos, desde a Antiguidade até a sociedade contemporânea.
Resenha Do Livro História Social Da Infância E Da FamÃlia
Pontos importantes:
- Mudança na concepção da infância
- Evolução da famÃlia nuclear
- Papel da mulher na famÃlia
- Influência da sociedade contemporânea
O livro analisa como a concepção da infância e da estrutura familiar mudou ao longo dos séculos, desde a Antiguidade até a sociedade contemporânea.
Mudança na concepção da infância
Na Idade Média, as crianças eram vistas como pequenos adultos e não recebiam cuidados especiais. Elas eram consideradas parte da força de trabalho e muitas vezes eram obrigadas a trabalhar desde cedo. A partir do século XVII, no entanto, a infância começou a ser vista como uma fase distinta da vida, com necessidades e direitos especÃficos.
- Separação entre infância e idade adulta: Antes do século XVII, não havia uma distinção clara entre a infância e a idade adulta. As crianças eram vistas como pequenos adultos e eram esperadas para se comportar como tal. Elas eram obrigadas a trabalhar desde cedo e não tinham direitos ou privilégios especiais.
- Reconhecimento da vulnerabilidade infantil: A partir do século XVII, as crianças começaram a ser vistas como seres vulneráveis que precisavam de cuidados e proteção especiais. Isso levou a uma mudança na forma como as crianças eram criadas e educadas. Elas começaram a ser tratadas com mais carinho e atenção, e passaram a ter acesso à educação e a outros recursos que antes lhes eram negados.
- Valorização da inocência infantil: No século XVIII, a infância passou a ser vista como uma fase de inocência e pureza. As crianças eram vistas como seres angelicais que ainda não haviam sido corrompidos pelo mundo adulto. Essa visão romântica da infância influenciou a literatura, a arte e a educação da época.
- Aumento da duração da infância: Com o advento da industrialização, a infância começou a se estender. As crianças passaram a trabalhar mais tarde e a ter mais tempo para brincar e estudar. Isso levou a um aumento na duração da infância, que passou a ser vista como uma fase importante para o desenvolvimento da criança.
A mudança na concepção da infância teve um profundo impacto na sociedade. Ela levou a uma série de reformas sociais e educacionais que beneficiaram as crianças. Também levou a uma mudança na forma como as crianças são vistas e tratadas na sociedade.
Evolução da famÃlia nuclear
A famÃlia nuclear é composta por pais e filhos. Ela é o modelo de famÃlia mais comum na sociedade contemporânea, mas nem sempre foi assim.
- FamÃlia extensa: Antes do século XVIII, a famÃlia extensa era o modelo predominante. Ela era composta por um grande número de membros, incluindo pais, filhos, avós, tios, primos e outros parentes. Todos viviam juntos na mesma casa e compartilhavam as tarefas domésticas e a criação dos filhos.
- Separação da famÃlia extensa: A partir do século XVIII, a famÃlia nuclear começou a se tornar mais comum. Isso se deveu a uma série de fatores, como a urbanização, a industrialização e o declÃnio da agricultura. As pessoas começaram a se mudar para as cidades em busca de trabalho, e as famÃlias extensas se tornaram menos práticas.
- Aumento da mobilidade social: A industrialização também levou a um aumento da mobilidade social. As pessoas começaram a mudar de classe social com mais frequência, e isso levou a uma mudança na estrutura familiar. As famÃlias nucleares se tornaram mais comuns porque eram mais fáceis de manter em movimento.
- Mudança nos valores familiares: A mudança na concepção da infância também influenciou a evolução da famÃlia nuclear. A partir do século XVII, as crianças começaram a ser vistas como seres vulneráveis que precisavam de cuidados e proteção especiais. Isso levou a um aumento no papel dos pais na criação dos filhos, e a famÃlia nuclear se tornou o modelo ideal para a criação dos filhos.
A evolução da famÃlia nuclear teve um profundo impacto na sociedade. Ela levou a uma série de mudanças sociais e culturais, e continua a ser o modelo predominante de famÃlia na sociedade contemporânea.
Papel da mulher na famÃlia
O papel da mulher na famÃlia mudou significativamente ao longo da história. Na sociedade tradicional, a mulher era responsável pelos cuidados domésticos e pela criação dos filhos. Ela tinha pouco poder de decisão e era subordinada ao marido.
- Subordinação ao marido: Na sociedade tradicional, a mulher era vista como inferior ao homem e subordinada ao marido. Ela não tinha direitos legais ou propriedade, e era esperada para obedecer ao marido em tudo.
- Responsabilidades domésticas: A mulher era responsável por todas as tarefas domésticas, incluindo cozinhar, limpar, lavar roupas e cuidar dos filhos. Ela também era responsável pela educação das filhas.
- Pouco poder de decisão: A mulher tinha pouco poder de decisão na famÃlia. Ela não podia escolher o marido, não podia trabalhar fora de casa e não podia controlar o dinheiro da famÃlia.
- Mudanças no século XIX: A partir do século XIX, o papel da mulher na famÃlia começou a mudar. Isso se deveu a uma série de fatores, como o movimento feminista, o aumento da educação feminina e a entrada das mulheres no mercado de trabalho.
- Maior participação na sociedade: As mulheres começaram a ter mais participação na sociedade. Elas passaram a ocupar cargos públicos, a trabalhar fora de casa e a ter mais controle sobre suas próprias vidas.
- Mudança no papel doméstico: O papel da mulher na famÃlia também mudou. Ela continuou a ser responsável pelos cuidados domésticos, mas passou a ter mais ajuda do marido e dos filhos.
- Maior igualdade entre os sexos: A mudança no papel da mulher na famÃlia levou a uma maior igualdade entre os sexos. As mulheres passaram a ter mais direitos legais, mais oportunidades de educação e mais poder de decisão na famÃlia.
O papel da mulher na famÃlia continua a mudar na sociedade contemporânea. As mulheres têm cada vez mais oportunidades de educação e emprego, e estão assumindo papéis mais ativos na famÃlia. No entanto, ainda existem muitas desigualdades de gênero na famÃlia, e as mulheres continuam a ser responsáveis pela maioria das tarefas domésticas e cuidados com os filhos.
Influência da sociedade contemporânea
A sociedade contemporânea está influenciando a infância e a famÃlia de várias maneiras.
- Aumento do individualismo: A sociedade contemporânea é marcada pelo individualismo, ou seja, a valorização do indivÃduo em relação ao coletivo. Isso tem levado a uma mudança na forma como as crianças são criadas. Os pais estão mais focados no desenvolvimento individual de cada criança e menos preocupados com a conformidade com as normas sociais.
- DeclÃnio da religião: A religião tem sido tradicionalmente uma força importante na vida das famÃlias. No entanto, a sociedade contemporânea está se tornando cada vez mais secular. Isso tem levado a uma diminuição da influência da religião na criação dos filhos e na estrutura familiar.
- Aumento da mobilidade social: A sociedade contemporânea é caracterizada por uma alta mobilidade social. As pessoas estão mais propensas a mudar de classe social e de região durante a vida. Isso tem levado a uma mudança na estrutura familiar, com famÃlias mais diversas e menos estáveis.
- Mudança no papel da mulher: O papel da mulher na sociedade contemporânea mudou significativamente. As mulheres estão mais presentes no mercado de trabalho e têm mais poder de decisão na famÃlia. Isso tem levado a uma mudança na forma como as crianças são criadas e na divisão de tarefas domésticas.
- Novas tecnologias: As novas tecnologias também estão influenciando a infância e a famÃlia. As crianças estão cada vez mais expostas à tecnologia, e isso tem um impacto em seu desenvolvimento e em suas relações familiares. As redes sociais, por exemplo, podem ser usadas para manter contato com amigos e familiares, mas também podem ser usadas para cyberbullying e outras formas de violência online.
A sociedade contemporânea está mudando rapidamente, e essas mudanças estão tendo um impacto profundo na infância e na famÃlia. É importante entender essas mudanças para que possamos criar polÃticas e programas que apoiem as famÃlias e as crianças.